segunda-feira, 2 de novembro de 2009

COMBATE AS DROGAS no RIO esta virando: "enxugar a pia sem fechar a torneira"

O que tenho visto nas ações de combate aos traficantes no Rio de Janeiro é tal como a frase acima, que toda pessoas sabe que será incapaz de manter a pia seca, sem fechar a torneira.
É produzido muitas ações para imprensa mostra o enfrentamento, mas não se observa que o alvo tem sido narcovarejo e no caso do crack, que tem sido o foco da mídia, fica claro o combate ineficaz na abordagem dos usuários, que são capturados nas chamadas "cracolândias" e retornam em seguida, pois não existe como atender a demanda, com internações e o devido tratamento e nem existe policiamento suficiente para impedir totalmente estas concentrações de dependentes.
Precisamos enfrentar com ações em todos os níveis (polícia, assistência social, educação e saúde), gerando alternativas de prevenção e recuperação de crianças, jovens e adultos.
Enfrentar os atacadistas traficantes internacionais ou matutos, atacadistas internos é a verdadeira solução.
Não adianta criar uma expectativa na sociedade de que se está enfraquecendo hoje e amanhã ser surpreendido com uma resposta dos marginais, que migram com velocidade e tem uma substituição natural e rápida em sua hierarquia.
Não vejo um resultado muito lógico em instalar POLICIAMENTO PACIFICADOR em comunidades de menor porte, quando não se faz o mesmo nas grandes comunidades dominadas pelos marginais e nem de forma preventiva em comunidades e regiões de grande porte, ainda não ocupadas pelos traficantes na cidade do Rio de Janeiro, mas que servem como local de fuga ou descanso dos mesmos.

3 comentários:

  1. Me parece que o governo quer manter as coisas assim, fazem algo para justificar diante da sociedade, mas nunca atacam o alvo em defenitivo.

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  2. Já faz muito, mas muito tempo mesmo, eu tentei fazer uma análise comparativa entre a questão do consumo de drogas nos países de 3º mundo - como o Brasil - e países de 1º mundo, principalmente os da união européia.
    Eu achava que políticas públicas de segurança, educação e saúde compunham a solução comum para tal problema, mas pelo que pude observar, tais políticas até interferem no volume de consumo, mas, em escala, acaba-se percebendo que elas só interferem, apenas inicialmente, nas classes sociais de menor poder aquisitivo.
    Em alguns casos, o consumo de drogas em classes sociais mais elevadas (em teoria, são as classes que dependem menos ou não dependem diretamente de políticas públicas) continua crescendo e isto já é bastante observável na Dinamarca, Alemanha, Espanha, com consideráveis registros neste último e também no Reino Unido, tão comparáveis quanto nos EUA. Devemos lembrar que no caso do Brasil, quem mais sustenta o tráfico não são os indigentes encontrados na cracolândia, mas sim os consumidores dentro da sociedade, que são de maior poder aquisitivo.
    Resumindo, tenho a impressão que a relação aspectos sociais X politicas públicas não é a solução para a redução do consumo de drogas e sim, talvez, o foco desta questão seja o modêlo sócio-econômico atualmente predominante no planeta, que é capitalista, mergulhado no consumismo absoluto, com reduzidíssimo valor humano, moral e social.
    Esta relação de contexto, na minha opinião, já é mais que suficiente para causar impactos psicológicos profundos, numa enorme quantidade de indivíduos, de qualquer classe social, o suficiente para que estes busquem alternativas de prazer e satisfação na vida através do consumo de entorpecentes.

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  3. Na questão de que é necessário sair do sistema capitalista para a solução plena do desiquilíbrio social, eu concordo. Concordo também que as classes A e B são as maiores alimentadoras e até beneficiadas do consumo de drogas, mas volto a lembrar a necessidade de enfrentar o narcovarejo, que invade a Zona Oeste se fortalecendo com os pequenos valores arrecadados muitas vezes por dia e noite.

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